Os constantes avanços tecnológicos e a oferta de novos materiais vem permitindo o surgimento de formatos mais eficientes e econômicos em iluminação em plantas industriais. Variações modernas e viáveis do ponto de vista da sustentabilidade surgiram nas últimas décadas como alternativas em substituição aos recursos tradicionais de projetos luminotécnicos.
Considerando esses aspectos e fatores técnicos, como a adequação a cada área física da planta, a Tuper está realizando a troca do tipo de iluminação para otimizar o padrão de eficiência energética.
Como cada prédio apresenta diferentes características, como altura, metragem e função, e necessidades diversas nos níveis de incidência de luz, o mapeamento de consumo de energia já vinha sendo realizado há alguns anos. Porém, há cerca de dois anos, o departamento de gestão de energia iniciou o estudo formal da parte de instalação de todas as áreas industriais da empresa. A partir disso, foi desenvolvido um plano macro para servir como base à implantação e ao avanço das ações de retrofit para substituição do tipo de iluminação. A escolha foi trocar o atual formato, de lâmpadas de vapor metálico, pelo tipo Led (Light Emitting Diode) dimerizável, que além das vantagens econômicas, pode ampliar de 30% a 35% o resultado na iluminação do ambiente. Com base nesse levantamento, foram elencadas as unidades prioritárias para o início da substituição e, no final de 2021 o start foi autorizado.
Financiamento em parceria e garantia de resultado
Para concretizar o upgrade, a empresa optou pela modalidade de parceria com uma ECE – Empresa de Conservação de Energia, que atua como financiadora de projetos de melhoria energética. Neste caso, a empresa parceira escolhida foi a paulista Ativa Energia. O processo iniciou com a elaboração do projeto luminotécnico, observando também as necessidades de estrutura para sua instalação e os ganhos em relação a potência instalada. O custo estimado para o projeto foi de cerca de R$ 700 mil Reais. Na sequência, os dados foram enviados para análise das áreas contábil e financeira e para a empresa parceira, que compilou as informações para o fechamento do plano financeiro. Após os trâmites legais e financeiros definidos, foi iniciado o processo de substituição, que deve ser concluído durante o terceiro trimestre de 2022. Renan Carlo Piccinini, analista de gestão de energia, relata que a concepção do projeto partiu de uma iniciativa interna do departamento de Projetos Elétricos e Energia, ligado a Tecnologia da Automação Industrial, e que o apoio do diretor industrial Gustavo Bollmann foi fundamental como patrocinador da ideia para que a equipe pudesse implantar as ações propostas com a melhor tecnologia possível.
Renan ressalta que a economia de consumo das novas lâmpadas chega ao patamar de 75% em relação às que serão substituídas. “O payback do total investido deve acontecer em dezessete meses nas unidades TEC e Tubos. Se traçarmos um paralelo com o consumo residencial de acordo com a tabela disponibilizada pela Celesc, tendo como parâmetro de comparação unidades residenciais do município de São Bento do Sul, a economia será equivalente a energia utilizada em 874 unidades consumidoras. A relevância de consumo da empresa chega a equivaler a 40% volume industrial e 11% do volume total do município, e a substituição trará, além de melhorias para a cadeia produtiva, grande economia de recursos”, informa.
Tecnologia para a coleta e interpretação de dados
Alguns aspectos técnicos também merecem destaque, como, por exemplo, o fato de que a automação do processo tornará possível coletar dados sobre a operação de cada luminária. Além disso, sensores instalados nas fábricas farão a leitura da iluminação natural do ambiente, permitindo que a quantidade de luz necessária seja distribuída de forma dimerizada de acordo com a necessidade correta de incidência e potência para cada unidade de lâmpada.
Rodrigo Pereira, engenheiro eletricista, integrante da equipe que responde pela parte técnica do projeto, informa que a tecnologia aplicada é denominada DALI, um protocolo que permite a comunicação entre os pontos do complexo, ou seja, juntamente com o sistema é instalado um cabo de comunicação entre todas as luminárias e, basicamente, poderá ser realizado o controle individual ou conjunto das unidades, o que possibilita a leitura de dados totalmente assertiva de itens como luminosidade para direcionar potência e, consequentemente, eficiência para refinar a distribuição. “Foi levada em conta a qualidade da iluminação necessária para o conforto dos colaboradores na realização das tarefas”, afirma Rodrigo. “A luminária utilizada hoje é mais pesada, de difícil manuseio. A opção em led é mais leve, mais limpa e permite manutenção facilitada. A durabilidade também é um diferencial – de 500 horas de uma lâmpada de vapor metálico para até 100 mil horas de uma lâmpada de Led”, conclui.
Renan e Rodrigo lembram que o descarte está sendo administrado pela área ambiental da empresa. Parte das luminárias retiradas serão direcionadas para reposição das unidades que ainda estarão utilizando a modalidade de lâmpadas antigas até o final do processo de substituição. As demais, serão destinadas ao descarte apropriado e totalmente seguro de acordo com os componentes e materiais utilizados na fabricação.
Sobre a Tuper
A Tuper é uma das maiores transformadoras de aço da América Latina. Com mais de 50 anos de trajetória, a empresa conta com um dos mais avançados conjuntos tecnológicos para a formação de tubos de aço, com oito unidades de negócios em três plantas industriais e capacidade de processamento de 826 mil toneladas de aço/ano. Além de atuar no setor automotivo original, também opera nos setores de escapamentos e catalisadores (para o mercado de reposição), indústria, óleo e gás, construção civil e agronegócio.
O amplo portfólio inclui tubos de aço-carbono pretos e galvanizados para aplicações industriais, estruturais e de condução, tubos trefilados, tubos para troca térmica, tubos API para o mercado de óleo e gás, eletrodutos galvanizados, estacas tubulares para fundações com conexão rápida, perfis estruturais metálicos, peças e componentes automotivos, sistemas de exaustão para veículos originais, escapamentos automotivos para o mercado de reposição, sistemas de coberturas metálicas, lajes mistas nervuradas, andaimes, escoras, lambris e slitters para aplicação na construção civil.
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